Águas Oleosas

A procura crescente de combustíveis fósseis e de produtos à base de petróleo levou a um aumento do uso e processamento de petróleos brutos, acarretando uma crescente deposição de óleos em recursos hídricos, dando origem a um efluente denominado águas oleosas. A principal origem das águas oleosas são as indústrias de processamento e refinamento do petróleo e as atividades associadas a essa indústria, como o transporte e o armazenamento.

A presença desses poluentes, que podem estar presentes em ambas as fases, pode dificultar em muitos casos o processo de tratamento, nomeadamente pela formação de efluentes emulsionados.

As águas oleosas contaminadas são uma fonte de poluição gerada por várias indústrias. São constituídas por uma fase aquosa e uma oleosa, contendo ainda outros poluentes provenientes tanto dos processos produtivos, como naturalmente associados aos óleos constituintes. Esses efluentes têm um elevado impacto sobre a qualidade dos recursos hídricos, da vida aquática, do ar, do solo e da saúde humana. É por isso essencial o seu devido tratamento.

Os estudos de investigação focam-se normalmente na recuperação da fase aquosa, embora a fase oleosa possua, não raras vezes, um elevado valor acrescentado que justifica o seu tratamento e recuperação. Os tratamentos tradicionais, como os processos físico-químicos ou biológicos, são normalmente ineficientes para o seu tratamento. Os processos avançados de oxidação (Advanced Oxidation Processes, AOPs) são uma alternativa viável para o tratamento adequado de águas e eliminar poluentes das fases orgânicas de interesse com o objetivo da sua recuperação.